domingo, 1 de novembro de 2009

Lágrimas...

No meu rosto corre esta magoa que desliza tao bem quanto agua neste mar... No fundo, era não era o mundo, mas sim o centro que eu queria dele ser.... Há dias que ando assim... A vida esqueceu-se de mim, perdeu-me e sem querer, abandonou o meu ser... Porque no fim, acabo eu só, em todos estes momentos sem dó... Tanto para dar... podia eu tanto brilhar... mas foi decidido que eu teria que sem fim sempre lutar... Nalgum ponto uma rosa tem de morrer... nalgum ponto, algum sonho meu tem de falecer... Só assim se cresce, só assim se vida, na minha história envolvida em canto do mar...

E levanto-me todas as manhas a acreditar que é hoje que me vais amar, e te vais lembrar que te mereço e que de tudo apenas peço, deixa-me te amar... Todos os dias, acordo o meu sono, revejo o meu sonho, penso para existir, lavo o rosto e desisto de desistir... Vou com a força do mundo, e talvez a intensidade de quem sofre tudo num segundo, mas de certo sei, que tudo irei fazer, que tudo irei continuar, numa esperança que não tem fim, numa luz mais forte que o luar... E vou, e luto, e choro, e sorrio, e faço-te sorrir, e abandonas-me, e não me vez, e não te vejo, e falamos, ou ignoramos, sentimos, reduzimos, mentimos, omitimos e queremos tentar... Neste universo de razão onde todos estamos sem razão, apenas tentamos alcançar, a felicidade que achamos bem estar...

E então, eu vou, eu nao desisto, eu resisto, eu sinto vento no meu rosto, a chuva que me separa do meu posto, vivo por algo, e o meu coração sofre no valor deste dialogo... Eu estou só... a vida nao quis dar-me o mesmo destino que aos outros, incombiu-me de tudo tentar, e só depois a página virar, com tudo ganho, ou tudo perdido, num duelo em que no fim me sinto tao sozinho...
E hoje choro... e choro muito... as lágrimas cobrem-me o rosto, na minha face, apenas desgosto... Enquanto o mundo vivia num intento, de festejar, a minha alma aclamava alguém que viesse parar o meu chorar... Ergui as mãos ao ceu, e perguntei o porquê de tudo na minha vida, ser eu a saída, numa estrada que não caminha...

Agora oiço a chuva... ambos deixamos cair as emoções por terra que as viu nascer... ambos vemos e sentimos que aquilo que o mundo fez, de nada serviu mais uma vez... No fundo, eu só queria ser amado, e quem sabe um pouco desejado, para que num intento suado, eu acordasse mais esforçado... E pensar que te vi ontem por mim passar, e sem mesmo me olhar, quis tanto sentir aquilo que era o teu passar... Saudade tua que não passa sem magoar...

E à medida que a agua das emoções corria do meu olhar, à minha frente ar ficava mais opaco que a luar, mais difícil de olhar que a luz solar... Fui lavar o rosto... a agua corria as minhas mão como nunca, as minhas mãos corriam o meu rosto como pedaços de alma junta... No fim, levantei-me mais uma vez, mais uma vez decidi continuar, numa força que não tem explicar, porque de alguma forma, eu continuo sempre a acreditar, que o faço, é razão simples, na busca de um amar...
E agora escrevo isto, porque enfim não resisto, não tenho mais a quem contar, e sei que não me vais complicar, aquilo que é um pensamento sem fim, sem amar...

Mais uma vez, aqui estou... Não sei quanto tempo mais me vou salvar, porque ao fim de tantos anos, já nem sei que força é esta que vou buscar... Juntos chorámos, mas as lágrimas são minhas... Faço-te sorrir, mas cá dentro, tristezas minhas... E isto é real, não apenas vital, mas também essencial, ao meu desabafar... Agora, é juntar de novo o coração e continuar a lutar, contra uma vida que não tem gostar... mas sempre, e sempre... à espera do teu amar...

Lágrimas...

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